Uma frase da posse ‘viaja’ com Dilma a Havana
Em seu discurso de posse, pronunciado em 1o de janeiro de 2011, no Congresso Nacional, a ex-prisioneira da ditadura Dilma Rousseff declarou, em timbre peremptório: "Serei sempre intransigente na defesa dos direitos humanos."
Acompanhada dessa frase, Dilma aterrissou na noite passada em Havana. Pisou pela primeira vez o solo de uma Cuba que censura intelectuais e jornalistas, restringe o direito de ir e vir e prende os dissidentes que ousam se opor à ditadura local.
Como se fosse pouco, a ex-torturada Dilma chega à ilha dos irmãos Fidel e Raúl Castro apenas dez dias depois da morte do preso político Wilman Villar. Ele feneceu no cárcere depois de submeter-se a uma greve de fome de 56 dias.
No último final de semana, o chanceler Antonio Patriota disse que Dilma não trataria de direitos humanos em Cuba. Por quê? No dizer de Patriota, o tema "não é emergencial". Reunidas num movimento chamado "Damas de Branco", as mães dos dissidents presos têm opinião diversa. E esperam por uma manifestação de Dilma.
A menos que fuja dos gravadores e dos microfones, a presidente não vai se livrar dos questionamentos sobre o assunto "não-emergencial" do qual Patriota prefere que ela se abstenha. Dependendo do que disser –ou do que calar— Dilma voltará de Cuba diferente da Dilma que viajou. Chegará ao Brasil desacompanhada da frase que que a acompanha.
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