Aníbal e Tripoli mantêm debate e esperam Serra

Postulantes à vaga de candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, os tucanos José Aníbal e Ricardo Tripoli decidiram manter o debate marcado para as 19h desta segunda-feira (27), com transmissão ao vivo pela internet.

Esperam que José Serra compareça ao evento, substituindo os dois concorrentes que se retiraram da disputa para apoiá-lo: Andrea Matarazzo e Bruno Covas. Será o quatro e último dabete antes das prévias marcadas para 4 de março.

Aníbal e Trípoli conversaram no início da noite deste domingo (26). Decidiram realizar o debate de qualquer maneira. "Vai acontecer. Se for necessário, debateremos na rua", disse Tripoli ao blog.

Ele acrescentou: "Já que o Serra se coloca na disputa apoiado pelo Bruno e pelo Andrea, seria saudável que ele comparecesse. É o mínimo que pode fazer, já que não participou de nenhum dos outros três debates."

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Mais cedo, Aníbal e Tripoli reuniram-se com Geraldo Alckmin. O governador infoormou-lhes que Serra será mesmo candidato. Perguntou se concordavam com a participação dele nas prévias.

Embora o prazo para a inscrição tenha se esgotado há 13 dias, a dupla não se opôs a que Serra seja dado por inscrito. Alckmin informou que Bruno e Andrea abdicariam da disputa e que Serra gostaria de adiar as prévias. Coisa de "dez ou 15 dias".

Quanto a esse ponto, Aníbal e Tripoli discordaram em termos peremptórios. Apresentaram dois argumentos: 1) a data foi aprovada pelo diretório municipal e acatada pelo diretório estadual do PSDB. 2) embora seja um candidato tardio, Serra não precisa de mais tempo.

Por quê? Serra não é nenhum debutante. Ex-senador, ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro e ex-presidenciável, o novo candidato é conhecido à exaustão pelos filiados do PSDB que votarão nas prévias.

"O Serra já está entrando no jogo na prorrogação do segundo tempo. Nem poderia, mas nós concordamos. Agora, basta que ele oficialize a candidatura. As pessoas já sabem quem ele é. Não há necessidade de mais tempo", diz Tripoli.

Ouvido por Tripoli, o presidente do diretório do PSDB no Estado de São Paulo, Pedro Tobias, disse que "não reconhece outra data que não seja 4 de março", conforme foi deliberado pelo diretório da capital paulista.