Bancada de senadores do PR rompe com Dilma
Integrada por sete senadores, a bancada do PR no Senado decidiu romper com o governo Dilma Rousseff. Declaravam-se "independentes". Agora, defininem-se como oposicionistas.
A decisão foi tomada depois de uma visita do senador Blairo Maggi, líder do PR, ao Palácio do Planalto. Foi verificar se havia decisão de Dilma Rousseff sobre a devolução do ministério dos Transportes ao PR.
"Fui lá hoje. Não tinha definição. Eu não quero mais negociar porque o negócio não desenvolve. Então, resolvemos que estamos fora da discussão. E isso significa que estamos na oposição."
O PR perdeu a pasta dos Transportes em julho do ano passado. Envolto em denúncias, deixou o cargo o senador Alfredo Nascimento (AM), que é presidente nacional do partido.
O rompimento ocorre um dia depois de Dilma ter promovido a troca de seus líderes no Congresso. No Senado, a presidente substituiu Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM).
A substituição ajudou a envenenar a atmosfera. Ex-governador do Amazonas, Eduardo Braga é o mais destacado adversário de Alfredo Nascimento na política amazonense.
O migração dos senadores do PR da "independência" para a oposição não foi, por ora, acompanhada pela bancada de deputados federais da legenda, que soma 43 votos.
Líder do PR na Câmara, Linconln Portela (MG) subiu escalou a tribuna há pouco para esclarecer que só na semana que vem discutirá a posição dos senadores com sua tropa.
Como o rompimento não foi objeto de deliberação da Executiva da legenda, os deputados não se sentem compelidos a seguir a mesma orientação. Pelo menos por enquanto, Portela declara que, na Câmara, o PR continua "independente".
Em verdade, trata-se de uma pseudo-independência. Em todas as votações, a maioria dos soldados peérres vem perfilando ao lado do pelotão governista na Câmara.
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