Custos das obras do São Francisco sobem 71%
Fora do prazo e com trechos paralisados, o projeto da transposição das águas do rio São Francisco vai sair mais caro do que o previsto. Sob Dilma Rousseff, os custos da obra ficaram 71% mais salgados.
Deve-se a informação à repórter Marta Salomon. Ela conta que, quando Dilma tomou posse, o empreendimento estava orçado em R$ 4,8 bilhões. Hoje, trabalha-se com a cifra de R$ 8,2 bilhões. Um salto de R$ 3,4 bilhões.
Os preços foram ao elevador sob a alegação de que foi necessário renegociar os contratos com as construtoras. Por quê? Escoravam-se em projetos básicos, mal planejados. Iniciadas as obras, revelaram-se precários.
O governo vê-se compelido agora a fazer novas licitações. Ou paga mais ou as empreiteiras fecham os canteiros da obra. Se o antecessor de Dilma fosse um tucano, o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) decerto gritaria: "Herança maldita!"
No papel de gerente da transposição, Bezerra está, porém, condenado ao silêncio perpétuo. Ocupa o ministério por indicação de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB federal.
Gerencia uma obra iniciada sob Lula, em 2007. Nessa época, comandava a Integração Nacional Ciro Gomes, do mesmo PSB. Considenrado-se a rivalidade de Ciro com seu padrinho Eduardo, Bezerra até poderia ficar tentado a atirar para trás.
O diabo é que os projetos mal feitos não passaram apenas pela mesa de Ciro. Aprovou-os também Dilma Rousseff, à época chefe da Casa Civil e mandachuva do comitê gestor das obras do PAC. Assim, não resta a Bezerra senão espetar a nova conta no bolso do contribuinte em silêncio.
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