CNJ vota adoção da ‘Ficha Limpa’ no Judiciário
O Conselho Nacional de Justiça reúne-se nesta segunda (26). Vai à bancada uma pauta gorda: 126 itens. Entre eles uma inusitada proposta. Sugere que seja editada resolução impondo a aplicação da Lei da Ficha Limpa também no Judiciário.
De acordo com o texto, pessoas condenadas por órgãos judiciais colegiados ficariam proibidas de exercer cargos de confiança ou funções comissionadas em todas as repartições do Poder Judiciário.
Chama-se Bruno Dantas o conselheiro que atua como relator da proposta. Deve votar a favor da higienização. O que torna inusitada a resolução não é o seu conteúdo, mas a sua necessidade.
A lógica e o bom senso indicam que não fica bem ao Judiciário contratar pessoas condenadas pelo Judiciário. Espanta que seja necessário editar uma resolução estabelecendo o óbvio.
A platéia, com uma colônia de pulgas atrás da orelha, se pergunta: quantos sentenciados estariam ocupando hoje cargos de confiança e funções comissionadas nas varas e nos tribunais?
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