Para líder do PT, Agnelo está limpo; Perillo, não
Quem entra numa CPI só para atacar os adversários erra o alvo. Quem entra numa CPI só para defender os amigos vira alvo. É mais ou menos o que se passa com o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP).
O escândalo Cachoeira molha os sapatos de dois governadores: o tucano Marconi Perillo (GO) e o petista Agnelo Queiroz (DF). Uma criança de cinco anos diria: que ambos sejam varejados.
O líder Tatto, antes de qualquer averiguação, leva a mão ao fogo por Agnelo: "Eu acredito no comportamento do nosso governador". E empurra Perillo para a fogueira: "Esse sim tem coisa contra ele."
Fica-se com a sensação de que o contribuinte desperdiça dinheiro público ao aplicar R$ 200 mil numa CPI. Bastaria consultar o oráculo Tatto e distribuir os veredictos: esses são culpados, aqueles inocentes.
Quem ouve o companheiro Tatto percebe que ele se considera o melhor estrategista do mundo. Bem verdade que o mundo ainda não percebeu seus dotes. Mas não perde por esperar.
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