Miro Teixeira: ‘Retomar o dinheiro vai ser inédito’
No Brasil, todos nascem iguais perante o déficit público. Com uma diferença: 1% vem ao mundo para usufruir, 99% para pagar a conta. Velho lobo de CPIs, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) voltou à cena na investigação parlamentar do Cachoeiragate. Rende homenagens à minoria concentrando-se naquilo que de fato interessa: a corrupção, sempre presente, e a recuperação do dinheiro roubado, sempre ausente. Do alto dos seus dez mandatos, Miro leciona:
"Eu tenho ido atrás da recuperação do dinheiro porque o inquérito está feito. Precisamos saber, afinal de contas, do que é que precisam o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União para impedir que essas coisas aconteçam. Por que não pegaram isso? Por que não impediram?"
"A CPI, surpreendentemente, logo de início já desencadeou uma série de investigações. A primeira delas a da Delta. Se fosse o fim da CPI, já seria um conhecimento tremendo para ajudar o país a conduzir novas investigações e punir essas pessoas. Mas eu creio que perseguir o caminho do dinheiro e retomar o dinheiro vai ser inédito."
A longevida política, como se vê, não privou Miro do otimismo. Pode parecer paradoxal. Mas não há mesmo motivo para pessimismo. O orçamento público está cheio de buracos. Certos Demóstenes viram ex-Demóstenes em pleno vôo. Um tal de Carlinhos faz o todo mundo ter saudades do tempo em que Cachoeira era apenas uma queda d'água. Quer dizer: o Brasil virou um pedaço do mapa ideal para construir um país inteiramente novo. Caos não falta.
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