Celso de Mello cai em si e ‘enquadra’ Cachoeira
Ao indeferir o segundo pedido de adiamento da inquirição de Carlinhos Cachoeira na CPI, o ministro Celso de Mello, do STF, saltou de uma armadilha. Deve-se o pulo a uma descoberta. Consta da página de número três do despacho do ministro, cuja íntegra está disponível aqui.
Em visita ao site do Tribunal Regional Federal da 1a Região, Celso de Mello constatou que a banca de Márcio Thomaz Bastos já havia apalpado, desde abril, as acusações que pesam contra seu cliente na ação penal que corre na Justiça Federal de Goiânia.
Ou seja: o lero-lero segundo o qual Cachoeira não podia comparecer à CPI porque lhe negavam o acesso aos autos não passava de esperteza de advogado. A manobra tornou-se límpida como água de Cachoeira depois que a CPI abriu sua sala-cofre aos advogados do contraventor.
"Apenas dois profissionais compareceram ao Senado Federal durante toda a semana [passada], não permanecendo mais que duas horas na sala onde se encontra guardada a documentação", anotou Celso de Mello, reproduzindo ofício recebido da CPI.
De resto, o ministro recordou que o acusado dispõe do direito constitucional de recorrer ao silêncio para não se autoincriminar no depoimento à CPI. Pode calar agora ou daqui a três semanas, o prazo requerido por Thomaz Bastos. Celso de Mello caiu em si. Percebeu que, se renovasse a suspensão que decretara há sete dias, viraria marionete de bicheiro.
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