Acusada de chantagear juiz da Monte Carlo, Andressa tenta adiar seu depoimento à CPI
Andressa Mendonça, a senhora Carlinhos Cachoeira, tem depoimento marcado na CPI que leva o nome do seu companheiro para esta terça-feira (7). Convertida de testemunha em investigada, ela agora tenta adiar a inquirição.
O depoimento fora aprovado pela CPI antes do recesso parlamentar. Depois disso, o juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal de Goiânia, acusou Andressa de chantageá-lo. Ela ameaçou divulgar na revista Veja um suposto dossiê contra o magistrado caso ele não libertasse Cachoeira.
Alvejada por uma operação de busca e apreensão em sua casa, Andressa teve de pagar fiança de R$ 100 mil para não ser presa. Intimada a depor na Polícia Federal, silenciou. O pedido de adiamento da inquirição na CPI foi entregue por José Gerardo Grossi, advogado de Andressa, ao presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB). Em tese, precisa ser aprovado pelo colegiado.
Como não há sessão antes de terça, ou Vital recorre ao telefone para consultar os seus pares ou Andressa terá de dar as caras no Congresso e aguardar pela deliberação. De volta das férias, os membros da CPI programaram uma agenda intensa para esta semana. Além de Andressa, convocaram-se outras três pessoas. Mas o trabalho pode resultar improdutivo.
Os depoentes recorreram ao STF para exercer na CPI o direito constitucional de silenciar para não se auto-incriminar. Joaquim Gomes Thomé Neto, policial aposentado acusado de realizar serviços de arapongagem para a quadrilha de Cacheira, deve calar na CPI nesta terça.
Andréa Aprígio, ex-mulher e sócia de Cachoeira, e Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador responsável pela abertura de empresas de fachada da quadrilha, devem exercitar o direito ao silêncio na quarta (8). Mantida a praxe adotada até aqui, serão liberados após manifestarem a intenção de não responder às perguntas.
Fica cada vez mais claro que a investigação não avançará pela trilha fácil dos depoimentos. Ou os membros da CPI extraem os segredos escondidos atrás dos dados fiscais e bancários disponíveis nos computadores da sala-cofre da comissão ou não irão a nenhum lugar que a PF e o Ministério Público já não tenham chegado.
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