Recife: Tucano cresce e deve provocar 2o turno
Egresso do PV, o neotucano Daniel Coelho registra na disputa pela prefeitura de Recife um desempenho que surpreende o PSDB, inquieta o PSB e desorienta o PT. Em curva ascendente, a novidade de Pernambuco subiu mais quatro pontos em seis dias. Cravou 26% no mais novo Datafolha.
Com esse desempenho, o jovem Daniel, 34, ameaça conspurcar os planos do governador Eduardo Campos, que esperava eleger Geraldo Julio (PSB) no primeiro turno. A cria do governador oscilou um ponto para baixo. Com 41%, conserva-se na liderança. Porém…
Mantido o quadro atual, faltam-lhe votos para evitar o segundo round. Na conta utilizada pelo TSE, que exclui os votos brancos e nulos, Geraldo Julio teria, hoje, 45% dos votos. Está distante dos 50% mais um que liquidariam a fatura num único round. Nessa contabilidade, Daniel Coelho amealha 29%.
Abandonado por Lula e por Dilma Rousseff, que se esquivaram de dar as caras na capital pernambucana, Humberto Costa, o candidato do PT, escorregou um ponto. Na semana passada, dispunha de 17%. Agora, soma 16%. Amarga a perspectiva de ser excluído da disputa numa cidade governada pelo PT há 12 anos.
O Datafolha perscrutou também os cenários do segundo turno. Aos olhos de hoje, o candidato de Eduardo Campos prevaleceria em qualquer circunstância. Mas o contendor do PSDB insinua-se como um osso mais duro de roer do que o antagonista do PT.
Num embate direto contra Humberto Costa, Geraldo Julio venceria por 59% a 29%. Numa disputa com Daniel Coelho, viraria prefeito com um placar de 52% a 37%. Com um complicador: além de ter tomado o elevador, o rival do PSDB exibe um discurso capaz de incomodar.
Na sua campanha, Daniel Coelho troca o azul do tucanato pelo verde do seu antigo partido. Leva aos lábios um arsenal eficiente. Realça o fato de que o PSB de Eduardo Campos é sócio do PT na mal avaliada prefeitura de Recife.
O partido do governador rompeu com o petismo local. Mas controla a vice-prefeitura na administração petista de João da Costa, um prefeito a quem o PT sonegou o direito de disputar a reeleição e o recifense quer ver pelas costas. Foi cavalgando esse paradoxo que Daniel Coelho virou uma surpresa.
– Em tempo: O Datafolha realizou pesquisas também no Rio, em Curitiba, em Porto Alegre, em São Paulo e em Belo Horizonte.
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