Em Macapá, MP denuncia o candidato de Lula
Menos de uma semana depois de levar à propaganda televisiva mensagem de apoio de Lula, o prefeito de Macapá, Roberto Góes, foi denunciado pelo Ministério Público por peculato. Candidato à reeleição pelo PDT, Góes e a secretária de Finanças do município, Edilena Lúcia Cantuária, são acusados de desviar R$ 8,3 milhões.
O dinheiro foi descontado do salário dos servidores da prefeitura que contraíram empréstimos consignados. Deveria ter sido repassado ao banco em que foram feitas as operações, o Itaú Unibanco. Porém, os repasses foram suspensos desde junho. O dinheiro continua sendo subtraído dos contracheques. Mas não chega ao banco.
Ouvida pelo Ministério Público, s secretária Edilena alegou que a prefeitura padece de falta de caixa. O prefeito Góes atribuiu a inadimplência à necessidade de atender a outras prioridades do município.
Para a procuradora-geral de Justiça do Amapá, Ivana Franco Cei, as justificativas dos acusados não fazem nexo. O dinheiro dos empréstimos consignados não integram o orçamento da prefeitura. Pertencem ao banco que emprestou dinheiro aos servidores. Cabe à prefeitura, disse ela, "apenas a tarefa de reter e transferir o valor descontado" da folha salarial.
De resto, documentos oficiais da prefeitura revelaram que sobra dinheiro no caixa. Os dados revelam também que o prefeito elevou em 30% os gastos com pessoal no período de janeiro a agosto deste ano. O promotor Flávio Cavalcante faz uma indagação óbvia: "Se havia escassez de recursos, por que ele aprovou o aumento de despesas?"
A denúncia do Ministério Público não é o único passivo político a tisnar a biografia do preferido de Lula em Macapá. Em dezembro de 2010, no ocaso da presidência de Lula, a Polícia Federal recolhera Góes à cadeia numa operação batizada de 'Mãos Limpas'. Apura-se no caso um esquema de desvios de verbas federais.
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