Beto Richa sai de 2012 como alavanca do PT
Em política só há uma regra definitiva: não há regras definitivas em política. Veja-se o caso do governador paranaense Beto Richa (PSDB). Seguindo regras próprias, entrou na campanha de Curitiba imaginando-se o guia dos povos. Descobriu que não dava nem pra guia de cego.
Richa tornou-se em 2012 cabo eleitoral do PT para 2014. Cegou para a candidatura de Gustavo Fruet. Ao optar pelo projeto reeleitoral do prefeito Luciano Ducci (PSB), empurrou Fruet do PSDB para o PDT, convertendo-o numa oportunidade que o casal petista Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann aproveitou.
Ducci miou no primeiro turno. A novidade Ratinho Jr. (PSC) mostrou que o curitibano queria algo diferente. No segundo turno, Ratinho revelou-se uma diferença levada longe demais. E Fruet passou da condição de condenado das pesquisas para a de favorito dos institutos.
E Beto Richa, cavalgando duas máquinas –a estadual e a municipal—, não conseguiu produzir senão um paradoxo. Ex-algoz do PT na CPI que varejou o mensalão, Fruet chega às portas da prefeitura enganchado a uma vice petista, Mirian Gonçalves.
Confirmando-se os prognósticos, o ex-tucano vai virar a azeitona que Richa empurrou para dentro da empata de Gleisi Hoffmann. Chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, a mulher de Paulo Bernardo é candidata à cadeira de Richa.
Graças ao governador tucano, nunca antes na história do Paraná o PT entrou na briga pelo governo do Estado tão bem posto. Tudo isso sem que Lula e Dilma precisassem levar o rosto à propaganda da campanha municipal.
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