A penúltima do Senado: torniquete do cafezinho
Brasília é a prova definitiva de como o poder às vezes leva a tolice às suas extremas consequências. Veja-se, por exemplo, a penúltima do Senado. Há na Casa um espaço chamado de 'Cafezinho'. Fica em área contígua ao plenário. Ali, os senadores dão entrevistas e recebem visitantes durante as sessões.
Pois bem. Os garçons do Senado foram proibidos de servir água e café nas mesas que não tenham cotovelos de senadores sobre o tampo. Repetindo: se o sujeito não for senador e não estiver acompanhado de um deles, não pode ser servido.
Visitantes, repórteres, assessores e assemelhados agora são orientados a se servir de café em garrafas térmicas acomodadas num canto do ambiente. Água? Só no bebedouro. Acionada, a segurança zela pelo cumprimento das novas normas.
Nesta quarta (7), ao perceber que um garçom negava-se a servir uma mesa em que conversavam repórteres e assessores, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) estranhou. Mais: ordenou que o cafezinho fosse servido, como de hábito.
Tucano como Cássio, o colega Cícero Lucena, primeiro-secretário do Senado e idealizador do torniquete do cafezinho, abespinhou-se com a contraordem. Ralhou com o garçom: "Ou manda ele ou mando eu! Então, é melhor voltar a como era antes." Como se vê, Brasília anda mais surreal do que nunca.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.