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Josias de Souza

Lula reage ao novo escândalo: ‘Fui apunhalado’

Josias de Souza

26/11/2012 06h04

Em 2005, quando estourou o mensalão, Lula disse que "não sabia" dos malfeitos praticados sob seus fios de barba. Na tevê, declarou-se "traído". Só mais tarde adotaria o discurso da "farsa", que acaba de ser moída no STF.

Vai às manchetes agora, de ponta-cabeça, Rosemary Novoa Noronha, a Rose. Era uma espécie de faz tudo de Lula no escritório da Presidência em São Paulo. A pedido dele, Dilma Rousseff manteve a senhora na chefia do gabinete até sábado (24).

De repente, descobriu-se que Rose tinha poderes insuspeitados. Fazia até diretores de agências reguladoras. A PF indiciou-a sob a acusação de integrar um bando que agenciava interesses privados nas agências e em outros órgãos públicos. Em troca, recebia dinheiro e favores.

De volta de uma viagem à África e à Índia, Lula comentou o caso: "Eu me senti apunhalado pelas costas…" Tido como gênio da arte da política, Lula revela-se, a cada novo escândalo, um precário formador de equipes. Vivo, o cronista Nelson Rodrigues l diria que, nessa matéria, Lula é um débil mental de babar na gravata.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.