Em sessão relâmpago, Câmara cria cargos e reajusta salários no Judiciário e no Executivo
A Câmara realizou nesta quarta-feira uma sessão de alta produtividade. Aprovaram-se nove projetos. Todos eles resultarão em gastos para o Tesouro Nacional. Mas nenhum foi debatido. As propostas passaram com a velocidade de um raio. A votação foi simbólica. Os líderes dos partidos votaram em nome das bancadas.
No projeto mais relevante, os deputados reajustaram o contracheque dos ministros do STF –5% ao ano até 2015. Hoje, os ministros recebem R$ 26,7 mil. Ao final do processo, receberão R$ 30,9 mil. Pela constituição, esse é o teto remuneratório do serviço público. Além de provocar reajustes em cascata no Judiciário, costuma servir de pretexto para a elevação dos salários de congressistas, presidente e ministros de Estado.
A Câmara reajustou também o salário do procurador-geral da República e dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União. Sob o ritmo do toque de caixa, passaram também projetos que ratificaram aumentos concedidos pelo Executivo a professores e servidores que fizeram greve. De resto, foram criados 8.623 novos cargos públicos em dois projetos –num, 1.562; noutro, 7.042.
A maioria dos deputados nem sabia o que estava sendo "votado". Para justificar a pressa, o presidente Marco Maia (PT-RS) alegou que os reajustes vigorarão a partir de janeiro de 2013. E precisam ser aprovados no Senado antes do Natal. Ah, bom!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.