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Josias de Souza

Julgamento do mensalão termina em ‘barraco’

Josias de Souza

17/12/2012 17h43

O julgamento do mensalão, o mais longo da história do STF –53 sessões, realizadas ao longo de quatro meses e meio— terminou como começou: em barraco. Antes de dar por encerrado o trabalho, o relator Joaquim Barbosa rendeu homenagens aos seus colaboradores.

"Não poderia deixar de fazer uma breve alusão às pessoas que colaboraram comigo ao longo desses 7 anos e meio. Desde agosto de 2005, foi uma longa jornada", disse. Quando começou a citar os nomes, Marco Aurélio Mello interveio: "Não cabe o registro, principalmente em ata do plenário." E Barbosa: "Onde está a proibição?"

Marco Aurélio invovou a tradição: "Isso nunca houve no tribunal…" Barbosa invocou o "inusitado" do caso para justificar a exceção. E o colega: "Prefiro não tratar esse caso como inusitado." O relator não se deu por achado. Abespinhado, Marco Aurélio pediu licença e retirou-se do plenario.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.