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Josias de Souza

Lula: ‘Quando eu morrer, vai ser num palanque’

Josias de Souza

04/02/2013 06h59

De passagem pelos EUA, Lula discursou para sindicalistas na capital, Washington. Falou sobre o futuro: "Eu falo todo dia para a minha mulher: Marisa, não espere que eu morra dentro de casa. Quando eu morrer um dia, vai ser num palanque, vai ser em algum lugar falando alguma coisa, brigando com alguém."

Discorreu sobre o passado: "Eu nunca pensei em virar sindicalista, e virei presidente do sindicato; nunca pensei em ser político, e criei um partido; nunca pensei em ser candidato a vereador, a síndico do meu prédio, e virei presidente. A luta fez com que eu desse passo atrás de passo. Não há espaço na minha vida para desistir."

Lula só não falou sobre o presente. Nesta segunda-feira, o procurador-geral da República Roberto Gurgel deve enviar ao Ministério Público Federal, em São Paulo, cópia do depoimento no qual Marcos Valério diz que verbas do mensalão custearam despesas pessoais de Lula. Sem mandato, o ex-soberano não dispõe de prerrogativa de foro. Se for alvejado por um pedido de investigação, a encrenca correrá na primeira instância, não no STF.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.