Para Lula, PT tem de ‘virar página’ do mensalão
Comandante da infantaria anti-mensalão do PT, Lula mudou de tom. Disse a interlocutores com os quais conversou nos últimos dias que o partido precisa "virar essa página" de sua história. Desaconselhou iniciativas que visem retardar a cassação dos mandatos dos condenados com mandato na Câmara.
Lula declarou-se de acordo com a posição adotada na última quarta-feira (6) pelo novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na saída de um encontro com Joaquim Barbosa, presidente do STF, Henrique declarou: "Não há hipótese de não cumprir a decisão do Supremo."
Acrescentou: "Nós só vamos fazer aquilo que o nosso regimento determina que façamos: finalizar o processo. Coisas de formalidade legal e ponto. Não há nenhuma possibilidade de confrontarmos com o mérito, questionar a decisão do Supremo."
Para sinalizar o apoio a Henrique, Lula decidiu recebê-lo em São Paulo. Pelo telefone, parabenizou-o após a vitória na sucessão interna da Câmara. A conversa ao vivo ficou pré-agendada para 21 ou 22 de fevereiro. Informada, Dilma Rousseff estimulou o encontro.
Dos quatro deputados condenados no julgamento do mensalão, dois são filiados ao PT: João Paulo Cunha e José Genoino. Eleito vice-presidente da Câmara na chapa de Henrique, o petista André Vargas (PR) defendeu que os companheiros sejam submetidos a processos regulares de cassação.
Passariam pela Corregedoria, seriam mandados ao Conselho de Ética e, se fosse o caso, os colegas os julgariam em plenário. Ali, o destino de seus mandatos seria decidido no voto secreto. Tudo como se não houvesse uma sentença do STF. A prevalecer a nova posição de Lula, petistas que pensam como Vargas devem ser desligados da tomada.
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