Aécio:Dilma fez ‘viagem à ilha da fantasia’ na TV
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Seguindo a praxe, Dilma Rousseff aproveitou o 1º de maio para levar o rosto à vitrine eletrônica. O senador Aécio Neves, presidenciável do PSDB, enxergou um quê de 2014 na aparição da futura rival. Disse que "a presidente utilizou, mais uma vez, de forma indevida, a cadeia nacional de rádio e TV para fazer campanha eleitoral em um balanço tendencioso do seu governo."
Irônico, Aécio disse que "esse deve ter sido o presente da presidente Dilma aos trabalhadores brasileiros no seu dia: uma viagem de 10 minutos à ilha da fantasia." Para o senador tucano, Dilma "finge não perceber que a inflação voltou a assombrar a mesa do trabalhador, e ignora a realidade do pífio crescimento do país".
Dilma mencionou a inflação uma única vez. Ainda assim, na rabeira de um trecho em que jactou-se de podar tributos e contrariar interesses graúdos: "Este governo vai continuar sua luta firme pela redução de impostos e pela diminuição dos custos para o produtor e consumidor, mesmo que tenha que enfrentar interesses poderosos. É mais do que óbvio que um governo que age assim e uma presidenta que pensa desta maneira não vão descuidar nunca do controle da inflação."
No último dado oficial divulgado pelo IBGE, há três semanas, a inflação acumulada em 12 meses bateu em 6,59%. A meta oficial do governo é de 4,5% de inflação ao ano, com margem de tolerância de dois pontos. No miolo do pronunciamento, Dilma desfiou indicadores positivos sobre emprego e renda. Afirmou que "nada ameaça" conquistas como os aumentos reais de salário e o crescimento do poder de compra. "Não abandonaremos jamais os pilares da nossa política econômica, que tem por base o crescimento sustentado e a estabilidade". Em 2012, o PIB brasileiro estagnou. Segundo o IBGE, a taxa foi de ridículos 0,9%.
De resto, Dilma aproveitou o discurso para reiterar sua determinacão de destinar 100% da receita dos royalties do petróleo para a área da educação. Informou ter reenviado ao Congresso projeto nesse sentido. Na véspera, antecipando-se a Dilma, o governador pernambucano Eduardo Campos, outro provável antagonista da presidente, sancionara com pompa a lei estadual que concentra os dividendos petrolíferos na educação.
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