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Josias de Souza

Falcão: ‘Não trabalho com a hipótese de prisão’

Josias de Souza

08/05/2013 18h44

Antes do julgamento do mensalão, o presidente do PT, Rui Falcão, brandia a tese segundo a qual o escândalo era "ficção". Sobrevieram as 25 condenações. Entre os sentenciados, os companheiros José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e Delúbio Soares. Pois bem. Agora, Falcão declara que as deliberações dos ministros do STF devem virar pó.

"Não estamos trabalhando com hipótese de prisão. À luz dos embargos [recursos ajuizados pelos réus] haverá nova apreciação dos processos. Não se pode condenar sem provas. Para nós, até o momento, não tem ninguém condenado. Não há de se cogitar de prisão."

Como se vê, com fé realmente profunda uma pessoa pode adquirir o direito de sonhar com o inimaginável. O país não trabalha com a hipótese de autodesmoralização do STF. Mas se ela ocorresse o macaco decerto voltaria à cena para perguntar aos homens de toga, protótipos da evolução: valeu à pena?

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.