Planalto testa novamente a fidelidade de aliados
O governo começa a envelhecer no dia em que, lançando mão do seu potencial de sedução, convida os aliados para uma votação crucial no Congresso e se vê abandonado no plenário. Neste início de semana, a fidelidade do condomínio governista será submetida novamente a teste na Câmara.
Em plena segunda-feira, dia de quórum miúdo, vão a voto em sessão noturna duas medidas provisórias que Dilma Rousseff considera preciosas. Uma inclui empresas de 16 setores da economia na política de corte de impostos cobrados sobre a folha de pagamento. Outra tem a ver que a redução no preço das contas de luz.
Ambas perdem a validade em 3 de junho. Precisam ser aprovadas nesta segunda, para assegurar que cheguem no Senado pelo menos sete dias antes de expirar, como passou a exigir o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). As duas MPs deveriam ter sido apreciadas na quarta (22) da semana passada. Porém…
A oposição bloqueou a sessão. Exige que seja incluído na pauta um projeto de lei que extingue a taxa de 10% do FGTS cobrada dos empregadores nos casos de demissão. O Planalto poderia ter ligado o trator. Mas os aliados negaram-se a fornecer o combustível dos seus votos, forçando o adiamento. Daí a sangria desatada desta segunda-feira.
Coordenadora política de Dilma, a ministra Ideli Salvatti passou o final de semana lembrando aos aliados que o governo espera que sejam fieis. Em dois anos e meio de governo, os Galileus do Planalto ainda não descobriram que o que move o governismo no Legislativo não são os princípios nem os fins. São os meio$.
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