Sobre Dilma, fair play, futebol e o pio do povo
O Brasil, para ficar como Dilma Rousseff deseja, precisa trocar de torcida. Essa que compareceu ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é inteiramente inadequada. Uma legião de Velhos do Restelo. Vindo da Suíça, terra onde o leite já sai das vacas pasteurizado, o companheiro Joseph Blatter, da Fifa, ralhou: "Onde está o respeito, onde está o fair play?". As vaias aumentaram.
Até o desafeto José Maria Marin, da CBF, tentou salvar a cena puxando uma salva de palmas. Os apupos prevaleceram. Bons tempos aqueles em que o futebol era o ópio do povo. Hoje, gasta-se R$ 1,2 bilhão num estádio para que ele seja usado como amplificador do pio do povo. Quanta ingratidão! O Planalto deveria considerar a hipótese de trocar a torcida brasileira por torcedores terceirizados vindos da Suíça de Blatter. São pessoas muito mais respeitosas. E que fair play!
– Em tempo: Havia no Mané Garrincha algo como uma centena de congressistas que não pagaram para entrar. Dilma deveria mandar investigar essa gente. Se bobear, o coro de vaias foi puxado por um deputado do PMDB.
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