Diretório Nacional do PT aprova a permanência de Vaccarezza no comando da reforma política
Atacado por Dilma Rousseff, o deputado Cândido Vaccarezza, ligado a Lula, foi mantido pelo diretório nacional do PT na coordenação do grupo de trabalho constituído na Câmara para elaborar uma proposta de reforma política. A decisão foi tomada no início da tarde deste sábado (20).
Os antagonistas de Vaccarezza na bancada petista submeteram ao diretório uma moção pedindo ao desafeto de Dilma que deixasse o comando do grupo da reforma. Levada a voto, a moção foi derrotada por ampla maioria de votos: 43 a 27. O resultado foi surpreendente. Sobretudo porque Vaccarezza decidira se ausentar da reunião.
De São Paulo, onde preferiu permanecer, o deputado muniu-se de luvas de pelica e, horas antes da decisão do diretório, respondeu aos ataques de Dilma e de parte do PT via Twitter: "Eu faço parte dos companheiros que defendem muito o governo. Os ataques a mim são injustos e desnecessários. Podem contar comigo."
No afã de destituir Vaccarezza, seus antagonistas deram-lhe um status que ele não tinha. Antes da decisão do diretório, Vaccarezza era coordenador do grupo de trabalho da reforma política por escolha do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Agora, a despeito do nariz torcido de Dilma e de parte de sua bancada, tornou-se um coordenador referendado pela instância máxima do PT.
– Atualização feita às 19h01 deste sábado (20): abalroado pela rejeição da moção anti-Vaccarezza, o presidente do PT, Rui Falcão, ficou impossibilitado de anunciar, como gostaria, o afastamento do deputado incômodo da coordenação do grupo de trabalho que cuida da reforma política na Câmara. Porém, Falcão manteve o discurso a favor do plebiscito que todos sabem inviável.
"Para nós as mudanças devem ser já para 2014", disse Falcão. "Foi isso que nós sentimos quando a população nas ruas manifestou seu desagrado com relação ao sistema político atual. Pelo menos o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, que favorece o poder econômico e induz à corrupção, entendemos que deveria valer já para 2014. Também as listas partidárias para fortalecer a organização dos partidos."
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