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Josias de Souza

Diplomata rebate Dilma: 'O carcereiro era eu!'

Josias de Souza

27/08/2013 16h40

Aos pouquinhos, o caso da fuga do senador boliviano vai migrando da seara diplomática para o ambiente de boteco. No domingo, Eduardo Saboia, o diplomata que trouxe Roger Pinto para o Brasil, se justificara: "Eu me sentia como se eu tivesse o DOI-Codi ao lado da minha sala de trabalho." Nesta terça, Dilma Rousseff replicou: "…É tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno."

Informado, Saboia foi à tréplica: "Eu que estava lá, eu que posso dizer. O carcereiro era eu! Ninguém mais viu aquela situação. Foi uma decisão pessoal." Criticado por ter submetido o asilado a risco de vida, Saboia retrucou Dilma também nesse ponto: "Poderia ter acontecido alguma coisa se ele ficasse lá, certamente. Se ele se matasse, entrasse em estado de surto psicótico."

Presidente do PSDB e presidenciável do PSDB, Aécio Neves considerou a atuação de Dilma "deplorável". O rififi, como se vê, promete. Puxe uma cadeira. E mande descer o chope.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.