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Josias de Souza

SUS perdeu 12.697 leitos desde janeiro de 2010

Josias de Souza

03/09/2013 17h27

Em janeiro 2010, o SUS oferecia em seus estabelecimentos 361 mil leitos hospitalares. No último mês de julho, os hospitais públicos dispunham de 348.303 leitos. Extraídos de um banco de dados do próprio Ministério da Saúde, esses números revelam que a clientela do sistema público de saúde perdeu 12.697 camas em três anos e meio.

As informações foram reunidas pelo Conselho Federal de Medicina e repassadas à Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira. A entidade médica mantém um acordo de cooperação técnica com o Ministério Público Federal. Propôs a constituição de um grupo de trabalho para averiguar as causas do fenômeno.

De acordo com o conselho de medicina, as especialidades que mais perderam leitos foram psiquiatria, com redução de 7.449 vagas, e pediatria, com queda de 5.992 acomodações. Em números absolutos, as regiões Sudeste e Nordeste perderam mais leitos. No topo do ranking, o Rio de Janeiro perdeu 4.621. Minas perdeu 1.443. São Paulo, 1.315. No Maranhão, sumiram 1.113 leitos.

O conselho diz ter tomado o ano de 2010 como marco inicial para o estudo porque o governo informara que os números de períodos anteriores poderiam estar desatualizados na base de dados do Ministério da Saúde.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.