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Josias de Souza

Após fustigar Eduardo Campos, PT é fustigado

Josias de Souza

20/09/2013 17h22

Ao desembarcar dos cargos federais que ocupava sob Dilma Rousseff, o PSB deixou o PT em má posição. O petismo criticava o comportamento paradoxal da legenda de Eduardo Campos, uma espécie de pote de mel governista que vinha com os ferrões de uma abelha oposicionista junto. Ao perceber que o PSB optou pelo ferrão, o PT se deu conta de que falava de corda em casa de enforcado.

Agora, se tivessem apreço à coerência, os partidários de Dilma entregariam os cargos que ocupam nos governo estaduais comandados pelo PSB. Livre da contradição, Eduardo Campos, que abriga dois petistas no governo de Pernambuco, ensina como gostaria de ter sido tratado: "Essa é uma decisão que vai caber ao PT tomar. Respeitarei qualquer uma das decisões que ele venha a tomar."

– Ilustração via Miran Cartum.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.