PSDB intensifica assédio a Bernardinho no Rio

Mantido eternamente no banco de reservas pelo eleitorado do Rio de Janeiro, o PSDB escora-se no prestígio de um craque para tentar montar um palanque competitivo para Aécio Neves no Estado. O tucanato insiste em atrair Bernardinho, o técnico da vitoriosa seleção brasileira masculina de vôlei, para uma candidatura à sucessão do governdor Sérgio Cabral.

Bernardinho já havia negado a intenção de meter-se em disputais eleitorais. Porém, filiou-se ao PSDB. Embora sua mulher, a ex-jogadora de vôlei Fernanda Venturini, tente desconversar —"Ele se filiou, mas não está nada certo"—, sabe-se que ninguém vai ao Rubicão para beber água.

Otimista, o deputado federal tucano Otávio Leite diz que "Bernardinho representa a organização, a raça, a capacidade de liderança e será um quadro inovador para 2014." Informa que a ideia do PSDB é fechar uma coligação esportiva com o PSB de Eduardo Campos, lançando Romário para o Senado.

Nas quadras de vôlei, Bernardinho de fato tornou-se símbolo planetário de eficiência. O diabo é que o destino do Rio não é jogado à beira da rede. No gabinete de governador, o salário do técnico seria menor e o desafio muito maior.

Eleito, Bernardinho teria de lidar com a miséria, a violência, o sumiço dos Amarildos, a corrupção policial, a roubalheira de outros setores, o fisiologismo da Assembléia, a pecariedade das escolas, a indigência dos hospitais e a insuficiência orçamentária… —não necessariamente nessa ordem. Será que vai encarar?