PPS do Paraná apoia Soninha para o Planalto
Reunido na noite desta segunda-feira (14), o diretório do PPS no Paraná aprovou resolução em favor do lançamento de uma candidatura própria do partido à Presidência da República. Por ampla maioria de votos –42 a 2— aprovou-se também o apoio ao nome de Soninha Francine, ex-vereadora e candidata à prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012.
Preside o diretório paranaense o deputado federal Rubens Bueno. Segundo na hierarquia da legenda, ele ocupa a secretaria-geral do PPS federal. Há uma semana, em reunião da Executiva nacional, em Brasília, Rubens já havia defendido o lançamento da candidatura de Soninha, que não refugou a ideia.
"Nós sempre defendemos a candidatura própria", disse Rubens na noite passada. "Numa reunião longa, de duas horas e meia, o diretório aprovou o indicativo de apoio ao nome da Soninha. Ela é jovem, tem inserção nas redes sociais e se comunica muito bem. Achamos que pode fazer um belo papel na campanha."
Em reunião marcada para a noite desta terça-feira (15), também o PPS de Pernambuco, presidido pelo vereador Raul Jungmann, deve aprovar a tese da candidatura própria e o nome de Soninha. Em mensagens veiculadas numa rede de comunicação interna do partido, filiados do PPS de pelo menos outros três Estados revelam simpatia pela ideia: Maranhão, Amazonas e Ceará.
A deflagração do movimento pró-Soninha ocorre à revelia do presidente do PPS federal, deputado Roberto Freire (SP). Após negociações frustradas com Eduardo Campos (PSB), José Serra (PSDB) e Marina Silva (Rede), Freire avalia que o PPS deveria pisar no freio, aguardando até dezembro, quando fará o seu congresso nacional para deliberar sobre 2014.
Os partidários da candidatura própria têm opinião diversa. Acham que a ida de Marina para o PSB e sua opção pelo 'Plano C de Campos' abriram espaço para o surgimento de um nome como o de Soninha. Não se imagina que ela vá virar a próxima presidente. Mas supõe-se que animará a campanha do partido, elevando a bancada no Congresso e preparando o terreno para futuras eleições.
Rubens Bueno recorda que a legislação eleitoral dá liberdade aos partidos para compor nos Estados alianças diferentes das celebradas em âmbito nacional. No Paraná, por exemplo, o PPS tende a integrar a coligação reeleitoral do governador Beto Richa (PSDB), cujo palanque será franqueado ao presidenciável de Aécio Neves.
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