Pré-sal não cobre 10% do PIB para Educação
Louvado seja Deus, que forrou com o óleo do pré-sal as profundezas oceânicas do Brasil. O leilão de Libra consumou o milagre. O espantoso cruzou com o inacreditável e deu à luz a solução para todos os problemas da educação e da saúde. O diabo é que logo chegam as explicações. É nelas que reside todo o mal.
Desde o início da semana muita gente, inclusive Dilma Rousseff, vem dizendo coisas definitivas sobre o dinheiro do pré-sal. Numa concessão ao óbvio, o ministro Aloizio Mercadante achou melhor definir as coisas. O óleo de Libra não vai pagar a elevação para 10% do PIB dos investimentos em educação.
Por quê? Simples: se Deus ajudar, Libra só produzirá petróleo em escala comercial dentro de uns dez anos, ali pelas cercanias de 2023. Até lá, o Plano Nacional de Educação, peça na qual o Congresso enfiou os 10%, já nem existirá.
Pela conta de Mercadante, União, Estados e municípios precisariam, hoje, de R$ 240 bilhões para cumprir os 10%. Quanto a Libra, se o Todo-Poderoso não virar a casaca, pode render algo como R$ 600 bilhões em 30 anos. Na média, R$ 20 bilhões por ano.
"O campo de Libra, nos próximos 10 anos, pelo menos nos próximos 5 anos, não terá uma produção ainda", diz Mercadante. "Então, não resolve o problema dos 10% do PIB. Não é um problema fiscal que está resolvido no Orçamento." Pois é!
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