Aécio defende Zona Franca, que Alckmin ataca

Foto: Orlando Brito/Divulgação

Em viagem a Manuas, Aécio Neves tentou vacinar-se contra uma pecha que tem provocado a ruína dos presidenciáveis tucanos junto ao eleitorado amazonense. Durante visita a uma fábrica da Honda, o senador mineiro enrolou-se na bandeira da Zona Franca de Manaus.

"Como presidente do PSDB, digo que a Zona Franca é patrimônio do Brasil, fundamental para o desenvolvimento. Deve ser incorporada à nossa paisagem econômica, fiscal e ambiental", disse, ao lado do prefeito tucano de Manaus, Athur Virgílio.

Representando por candidatos paulistas nas sucessões de 2002 (Serra), 2006 (Alckmin) e 2010 (Serra de novo), o PSDB sempre foi visto meio de esguelha no Amazonas. O eleitor local parecia enxergar atrás dos tucanos o baronato industrial paulista conspirando contra os incentivos fiscais dados à concorrência instalada em Manaus.

No ano passado, em plena disputa municipal, Geraldo Alckmin converteu a antipatia em ódio. Fez isso ao protocolar na Justiça uma ação contra o pólo industrial de Manaus. Arthur Virgílio, que pedia votos para virar prefeito da cidade, viu-se compelido a desancar Alckmin. Em público, chamou-o de provinciano e disse que não era bem-vindo no Estado. Em privado, disse coisa pior.

Na incursão desta sexta, o mineiro Aécio declarou que, embora respeite a opinião de Alckmin, ela não corresponde à posição do PSDB. Quando as urnas de 2014 forem abertas, se a candidatura de Aécio sobreviver até lá, vai-se descobrir se sua auto-vacina o imunizou.