BB tentará reaver na Justiça verbas desviadas
O Banco do Brasil começa a se mexer para tentar reaver verbas que abasteceram o mensalão. Conforme ficou assentado no julgamento do STF, desceram às arcas clandestinas do PT notáveis R$ 73,8 milhões da cota do banco estatal no fundo Visanet, usado por instituições financeiras que trabalham com cartão de crédito da bandeira Visa.
A repórter Gabriela Valente informa que advogados do BB estiveram no STF na última quinta-feira (21). Pediram acesso à íntegra dos autos do mensalão. O pedaço que mais interessa ao banco envolve Henrique Pizzolato, o petista que foi diretor de Marketing do BB. Condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia, ele fugiu para a Itália para não ser preso.
Ficou demonstrado no julgamento que foi Pizzolato quem autorizou a antecipação de R$ 73,8 milhões à DNA Propaganda, agência de Marcos Valério, o operador do mensalão. Pizzolato recebeu em casa, no Rio, um envelope contendo R$ 326 mil. Dinheiro enviado por Valério. Por ora, o ex-diretor é o principal alvo do departamento jurídico do BB.
Por mal dos pecados, o banco terá de entrar na fila. Além da pena de prisão, Pizzolato foi condenado pelo Supremo a pagar multas estimadas em R$ 2,2 milhões. Nada a ver com o ressarcimento das verbas malversadas. Esse dinheiro vai para o fundo penitenciário nacional e será aplicado na melhoria das cadeias.
Advogado de Pizzolato até a fuga dele para a Itália, Marthius Sávio Lobato avalia que o BB terá de levar outras pessoas à sua alça de mira. Ele recorda que outros executivos do banco autorizaram os pagamentos à DNA Propaganda junto com Pizzolato. "Se o banco for cobrar, vai ter de responsabilizar todos aqueles que fizeram documentos que legitimavam os pagamentos", disse o advogado.
Como se vê, a investida judicial do BB deve ser demorada e de resultados incertos. Além do BB, também a Advocacia Geral da União deverá entrar em campo para cobrar o ressarcimento de R$ 536 mil em verbas públicas repassadas ilegalmente à DNA de Valério pela presidência da Câmara. Nesse caso, a investida será contra o ainda deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que presidia a instituição na época.
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