PMDB acena com candidatura própria em MG
O PMDB de Minas Gerais informou que não planeja repetir em âmbito estadual o enredo estrelado por Michel Temer no plano federal. A legenda prefere participar da disputa pelo governo mineiro com um candidato a protagonista a ter de indicar o coadjuvante na chapa encabeçada por Fernando Pimentel, do PT.
"PMDB de Minas se une em torno da candidatura própria", anuncia o título de notícia veiculada nesta segunda-feira (16) no site do diretório mineiro da legenda. O texto traz um resumo de encontro ocorrido na véspera, em Belo Horizonte. Sintomaticamente, participou como convidado de honra o senador paranaense Roberto Requião, hoje um dos mais ácidos críticos da "submissão" do PMDB ao PT e ao governo de Dilma Rousseff.
Num discurso apinhado de reparos à gestão da "tia Dilma", como se refere à presidente, Requião disse que só voou até a capital mineira porque lhe informaram que testemunharia "o renascimento do PMDB" (repare no vídeo). Foi festejado como alternativa presidencial. Olhando ao redor, Requião celebrou o fato de estar ao lado do "futuro governador de Minas Gerais". Citou o ministro Antonio Andrade (Agricultura), o senador Clésio Andrade (réu no processo do mensalão mineiro), e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vive-presidente José Alencar.
Se for confirmada a candidatura própria, o PMDB deixará na mão o petista Fernando Pimentel, que planejava trocar a vaga de vice na sua chapa pelo tempo de propaganda na tevê do ex-quase-futuro-parceiro. Amiga de Pimentel dos tempos da luta armada, Dilma aplicara no PMDB mineiro um ministério, o da Agricultura. O investimento está na bica de se revelar uma roubada, como se diz.
"Temos um caminho para seguir, que é a candidatura própria", disse o próprio ministro Antonio Andrade. "[…] O caminho está preparado." Filiado ao PMDB há dois meses, sob as bênçãos de Lula, Josué Gomes entrou no clima: "O Estado precisa de mudanças e este é um tempo de alternância de poder." Alternância em Minas, bem entendido. Em Brasília, o filho de Alencar ainda defende a reeleição de Dilma.
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