Topo

Josias de Souza

Brasil pós-Biggs virou exportador de bandidos

Josias de Souza

18/12/2013 10h31

O inglês Ronald Biggs morreu. Chefe do bando que assaltou um trem pagador em 1963, ele se refugiou no Brasil em 1970. No Rio, incorporou-se à paisagem. Teve um filho carioca e tornou-se símbolo de um Brasil mencionado em filmes estrangeiros como destino de bandidos. Uma fama que gente como o carrasco nazista Josef Mengele, o mafioso italiano Tommaso Buscetta e o traficante colombiano Juan Carlos Abadía ajudaram a potencializar.

A imagem desse país de mão única desce à cova junto com Biggs. Graças à corrupção, o tráfego de criminosos no Brasil tornou-se via de duas mãos. É assim pelo menos desde PC Farias, versão collorida de Delúbio Soares. Sobrevieram Salvatore 'Marka' Cacciola e, mais recentemente, Henrique 'Visanet' Pizzolatto. É o Brasil na globalização!

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.