‘Brasília não será refém do medo’, diz governador a moradores apavorados
Uma estatística amedronta os moradores do Distrito Federal: nos primeiros 29 dias do ano, ocorreram 68 homicídios. O número é 38,7% maior do que o registrado em janeiro do ano passado. Repetindo: no pedaço do mapa que abriga a sede da República, vêm sendo assassinadas mais de duas pessoas por dia.
A onda de violência coincide com uma 'operação tartaruga' da Polícia Militar. Deflagrada em outubro, a marcha lenta da PM foi trombeteada no final de semana em sete outdoors. Lê-se nas peças que policiais militares e bombeiros farão assembleia geral em 13 de fevereiro. Eles querem reajuste salarial e reestruturação da carreira. Desatendidos, planejam migrar da lentidão para a paralisia.
Contra esse pano de fundo em que estatísticas macabras misturam-se à imprevidência administrativa e à ausência de autoridade, o governador petista Agnelo Queiroz reagiu com saliva: a corporação policial "tem todo o direito de reivindicar", disse ele. "O que não pode é colocar em risco a vida da população. O governo do Distrito Federal vai tomar todas as medidas necessárias para que Brasília não se torne refém do medo."
Sem se dar conta de que o medo já paira sobre os moradores, o governador se absteve de informar que "medidas necessárias" planeja adotar. Dependendo da decisão de Agnelo, os contribuintes do Brasil inteiro serão afetados. Em Brasília, os contracheques de PMs e bombeiros são custeados com verbas da União.
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