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Josias de Souza

Cassação automática de condenados é 'terrorismo', diz lider do PT na Câmara

Josias de Souza

30/01/2014 15h18

A presença de mais um candidato a presidiário, João Paulo Cunha (PT-SP), nos quadros da Câmara ressuscitou um debate que já vai se tornando enfadonho. Envolve a emenda constitucional que prevê a cassação automática de congressistas condenados no STF por improbidade ou crimes contra a administração pública. A oposição pede pressa. O PT pisa no freio.

De autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), a emenda vagueia em câmera lenta pela burocracia da Câmara. Deveria ter sido votada no ano passado. Sobreveio o recesso de final de ano. E nada. Agora, com o estoque de argumentos já meio esgotado, o líder do PT, José Guimarães, saiu-se com um pretexto inusitado para tentar manter o pé na porta ao longo de 2014

— É um ano eleitoral, nós não podemos fazer terrorismo antes de eleição. Temos que votar aquilo que é substantivo, aquilo que melhore, que fortaleça o pacto federativo. Matérias específicas como essa, deveríamos votar num ano normal, e não num ano eleitoral.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.