Reação aos protestos anti-Copa será publicitária
O governo prepara uma reação aos protestos contra a Copa do Mundo, que ganham a internet e as ruas. O contra-ataque será publicitário. Dilma Rousseff receberá o esboço da campanha nos próximos dias.
O repórter Jeferson Ribeiro informa que o governo persegue dois objetivos. Quer prestar esclarecimentos sobre os gastos que realiza para organizar a Copa. E deseja realçar a importância do evento para o país.
A reação chega com atraso. A Copa foi à berlinda na onda de protestos de junho de 2013. A expressão "Padrão Fifa" virou bordão nacional, invocado como contraponto ao baixo nível dos serviços públicos em áreas como saúde e educação.
Nos últimos dias irrompeu nas redes sociais o movimento "não vai ter Copa". Seguiram-se manifestações de rua realizadas no sábado passado. Reuniram pouca gente. Mas houve tumulto em São Paulo —um manifestante foi baleado pela PM.
O orçamento da Copa é de R$ 25,5 bilhões, dos quais R$ 3,7 bilhões vêm da iniciativa privada. A cifra cobre obras de infraestrutura que teriam de ser feitas de qualquer maneira —reforma e ampliação de aeroportos, por exemplo.
Mas também inclui 12 estádios cuja grandiosidade não orna com a precariedade dos hospitais e escolas públicas. Com boa propaganda, pode-se vender até ovo sem casca. Mas o brasileiro já não parece disposto a acreditar em circo sem pão.
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