Câmara vota pela 2ª vez cassação de Donadon
Vai a voto no plenário da Câmara, pela segunda vez, o pedido de cassação do mandato do deputado-presidiário Natan Donadon. Será na quarta-feira (12) da semana que vem. Para que a anomalia seja extirpada será necessário que pelo menos 257 dos 513 deputados votem a favor da cassação.
Donadon foi condenado pelo STF a 13 anos de prisão por formação de quadrilha e pelo desvio de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia. Encontra-se no presídio da Papuda, em Brasília, desde junho do ano passado.
Em agosto, numa sessão espantosa, a Câmara optou por manter o mandato do preso. Votaram a favor da lâmina 233 deputados. Faltaram 24 votos para atingir o mínimo necessário para a cassação. Votaram contra 131 almas. Abstiveram-se 41.
Um detalhe diferenciará a votação de quarta-feira daquela de agosto. Dessa vez o voto será aberto. Nada de cédulas nem de urnas. Em vez de sombras, holofotes. Nessas condições, quaquer resultado diferente da unanimidade já representará um novo vexame. Uma segunda absolvição, por impensável, converterá a Câmara numa espécie de Papuda hipertrofiada.
A reanálise da cassação de Donadon ocorrerá na sessão noturna da Câmara. Antes, em reunião vespertina, a Mesa diretora da Casa decidirá o que fazer com João Paulo Cuna PT-SP), o mais novo detento-parlamentar. Preso nesta terça-feira (5), João Paulo ganhou uma semana para refletir sobre a renúncia. Por ora, não se deu por achado. Seu advogado, Alberto Toron, diz que João Paulo deseja trabalhar na Câmara durante o dia, retornando ao xadrez à noite.
Seria dignificante para a sociedade brasileira testemunhar diariamente a chegada de um camburão, convertido em carro oficial, e o desembarque do preso, algemado, no seu local de trabalho.
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