PM critica ministro por tomar as dores do MST
A Associação dos Oficiais da PM do Distrito Federal (Asof) criticou o ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) por tomar as dores do MST no confronto que os sem-terra travaram com a polícia defronte do Planalto, na última quarta-feira (12).
"Quando falta polícia, todos reclamam. Quando a polícia está no local para garantir a ordem pública, conforme prevê a Constituição, é acusada de atrapalhar", queixou-se a entidade em nota. "Afinal, qual a atitude que a polícia deve tomar? Deixar de cumprir a lei e permitir que a segurança do cidadão seja comprometida? Deixar que o patrimônio público seja dilapidado?"
Pelas contas da PM, 30 policiais militares saíram feridos do lufa-lufa. O MST contabilizou 12 feridos na sua infantaria. No dia seguinte, Dilma recebeu os sem-terra em audiência. E Gilbertinho, como o chamam na intimidade, culpou a polícia do governo petista de Agnelo Queiroz pela confusão da véspera.
"A PM teve uma informação, que eu não sei de onde veio, de que o ônibus do MST estava com porretes que poderiam ser usados contra a polícia", disse Gilbertinho, Segundo ele, um grupo de policiais "entrou na multidão para trancar o ônibus." Que transportava "apenas" cruzes de madeira que seriam exibidas no protesto e pedaços de pau para montagem de barracas.
O que mais abespinhou a associação de oficiais da PM foi o fato de Gilbertinho ter declarado que os líderes do MST evitaram uma "tragédia" ao "proteger os policiais". A entidade escreveu em sua nota: "Se a intenção dos manifestantes fosse pacífica, dentro da lei e da ordem, não ocorreria o confronto e muito menos haveria feridos. Os Policiais Militares estavam ali para cumprir o dever de manter a lei e a ordem."
Para a associação, o ministro deveria render homenagens à PM, não o contrário: "…os procedimentos para garantir a segurança foram os mesmos que são adotados sempre em eventos desta ordem e o objetivo dos policiais militares foi, inclusive, o de proteger o Palácio do Planalto, local onde o ministro trabalha, garantindo a sua própria segurança."
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