Oposição obtém rubricas para a CPI no Senado
O senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB, anunciou da tribuna do Senado que será protocolado ainda nesta quarta-feira (26) o pedido de CPI da Petrobras. Segundo ele, o requerimento obteve o apoio de 29 senadores, dois além do mínimo exigido pelo regimento interno da Casa.
Desse total, 26 já assinaram o documento. Faltam as rubricas de três senadores do PSB, partido do presidenciável Eduardo Campos. São eles: Antonio Carlos Valadares (SE), Lídice da Mata (BA) e João Capiberibe (AP). Tambem da tribuna, o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), que já assinou o pedido de CPI, informou que seus correligionários também assinarão. O pedido enumera quatro objetos de investigação:
1. O processo de aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas.
2. Indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras.
3. Denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar faltando uma série de componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores.
4. Indícios de superfaturamento na construção de refinarias.
Alvaro explicou que, por ora, o pedido de CPI é exclusivamente do Senado. "Sem prejuízo da comissão mista, que é prioridade para todos nós", declarou. "Se, eventualmente, a Câmara alcançar o quórum regimental de 171 assinaturas, . Nessa retiraremos o requerimento do Senado e trabalharemos com a CPMI, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito."
"Quando ouvimos o PT asseverar que, com o depoimento de ministros ou da presidente da Petrobras estaríamos esclarecendo os fatos, sentimos que querem subestimar a nossa inteligência ou abusar da ingenuidade das pessoas", disse Alvaro Dias. "Sabemos como operam os ministros em depoimentos no Congresso. O objetivo não é esclarecer e sim acobertar. O objetivo seria o de desestimular a instalação da CPI."
O senador acrescentou: "Não há instrumento mais adquado nesse momento para a promoção de um grande debate nacional que abra essa caixa preta da Petrobras, que esconde mistérios insondáveis de corrupção, de irregularidades e de descaminhos percorridos pela gestão temerária e claudicante daqueles que lotearam os cargos da empresa, aparelhando-a político-partidariamente. A CPI é uma investigação política fundamental para complementar a apuração judiciária e colaborar com ela."
– Atualização feita às 22h42 desta quarta-feira (26): o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS, tocou o telefone para o presidenciável tucano Aécio Neves há pouco. Informou que a oposição já colecionou 178 assinaturas, sete além do mínimo exigido para a abertura de uma CPI. Abre-se, assim, a perspectiva de instalação uma CPI mista, com a participacão de deputados e senadores.
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