Rede se nega a liberar PSB para apoiar Alckmin
A Rede Sustentabilidade divulgou uma nota em resposta ao manifesto no qual o PSB de São Paulo defendeu a tese segundo a qual as duas agremiações deveriam desenvolver projetos autônomos no maior colégio eleitoral do país: a Rede apoiaria o candidato que quisesse ao governo paulista e o PSB ficaria liberado para integrar a coligação reeleitoral do governador tucano Geraldo Alckmin.
"Insistimos na necessidade de uma candidatura própria em São Paulo", escreveu a Rede. No PSB, a opção de candidato a governador é o deputado Márcio França, que preside a legenda em São Paulo. No seu texto, o grupo de Marina voltou a refugá-lo. Por quê? O Brasil vive um "novo momento político". E França "não expressaria este sentimento."
Hospedada no PSB depois que o TSE indeferiu o seu pedido de registro, a Rede veta Alckmin, torce o nariz para França e pede ao PSB de Eduardo Campos que opte na disputa pelo governo de São Paulo por uma de duas opções: João Paulo Capobianco, ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente na gestão Marina, ou Célio Turino, historiador e porta-voz da Rede em São Paulo.
É mais fácil Eduardo Campos chegar ao Planalto no primeiro turno do que o PSB de São Paulo aceitar a candidatura de Capobianco ou de Turino, disse um correligionário de Eduardo Campos ao blog. Curiosamente, o manifesto do PSB informara que Turino concordara com a tese dos projetos autônomos. "Consideramos indevido o uso do nome do porta-voz estadual da Rede, Célio Turino", escreve a Rede na nota.
"Não quero constrangê-lo, podemos retirar o nome do Turino do manifesto. Mas ele esteve uma vez no meu gabinete e me disse que também acha que, em São Paulo, os dois partidos podiam seguir com candidaturas distintas", disse oo blog o prefeito de Campinas, Jonas Donizetti (PSB), articulador do manifesto. Vai abaixo a nota da Rede:
A respeito do manifesto que está angariando assinaturas de políticos, pré-candidatos e militantes do PSB, a Rede Sustentabilidade tem a declarar que a solução apresentada –para que cada partido tenha autonomia no apoio a candidaturas diferentes ao Senado e ao governo do estado–, apesar de aventada em conversações entre PSB e Rede, não é a opção preferencial da Rede-SP. Por isso mesmo, consideramos indevido o uso do nome do Porta-Voz estadual da Rede, Célio Turino, no documento, como se estivesse apoiando este encaminhamento.
Em momento algum o nome do deputado Márcio França (PSB-SP) como candidato ao cargo majoritário no estado de São Paulo foi submetido a veto por parte da Rede. Foi apresentada a necessidade de construção de uma candidatura que abra espaço para o novo momento político vivenciado no Brasil pós-julho de 2013, assegurando "Voz aos sem Voz", à insatisfação e demandas dos cidadãos comuns e dos movimentos sociais. E, sob esta análise política, consideramos que a candidatura do presidente do PSB no estado não expressaria este sentimento.
Há que se estabelecer um diálogo político entre PSB e Rede no Estado de São Paulo e é na busca de um novo patamar de conversação política que a REDE-SP tem se empenhado. Realizamos um conjunto de esforços e encontros visando a construção de uma alternativa democrática, popular e sustentável ao governo do estado de São Paulo.
Assim, trabalhamos pela construção de uma Frente Alternativa, bem como convidamos diversas lideranças da Rede e de partidos aliados para empreender um diálogo direto com os filiados da Rede. Analisamos as seguintes alternativas: Walter Feldman (PSB/Rede), Ricardo Young (PPS/REDE), Mateus Prado (PSB/Rede), Gilberto Natalini (PV), Eduardo Jorge (PV), Pedro Dallari (PSB), Luiza Erundina (PSB) e Vladimir Safatle (PSOL).
Após este conjunto de conversas, abertas a todos os filiados, também realizamos um encontro para análise junto com Marina Silva. Em seguida, houve nossa convenção estadual, onde percebemos que não faz sentido um projeto que se apresenta para a construção de uma Nova Cultura Política no país não ter uma candidatura que expressasse este novo fazer político no Estado de São Paulo.
Com isso, insistimos na necessidade de uma candidatura própria em São Paulo, em que o número 40 seja expresso tanto na chapa presidencial como para o governo do Estado. E, buscando um bom entendimento com o PSB e o PPS, também compreendemos a necessidade de avançarmos na construção de nomes que unifiquem este entendimento. Assim, os redeir@s Mateus Prado e Walter Feldman abriram mão de suas candidaturas e o nome de Ricardo Young foi indicado à vaga do Senado, pelo PPS – caso este partido não aceite, retomaremos a indicação de Mateus Prado.
A Rede também decidiu apresentar dois novos nomes ao governo do estado de São Paulo: João Paulo Capobianco (fundador do SOS Mata Atlântica e secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente na gestão Marina Silva) e Célio Turino (historiador, escritor e gestor de políticas públicas, secretário da Cidadania Cultura no Ministério da Cultura).
Apresentamos dois nomes exatamente porque pretendemos manter o diálogo e uma busca comum de alternativas entre PSB e Rede. E declaramos ainda que estamos abertos a acolher e apoiar outros nomes a serem apresentados pelo PSB, desde que em consonância com a construção de uma Nova Política."
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