Com placar miúdo, PMDB renova apoio a Dilma

O PMDB aprovou nesta terça-feira a reedição de sua aliança federal com o PT. O partido reacomodou Michel Temer na chapa de Dilma Rousseff por uma maioria miúda. Num colégio em que estavam disponíveis 673 votos, a tese da aliança prevaleceu por 398 a 275.

Produziram-se duas consequências. Numa, 59% dos convencionais do PMDB engordaram o tempo de propaganda de Dilma em 2min20s e manifestaram a intenção de esticar o casamento com o PT por pelo menos mais quatro anos. Noutra, 41% dos correlegionários de Temer sinalizaram que a felicidade conjugal é extremamente difícil. E, quando existe, é extraconjugal.

Ao discursar, Temer manuseou panos quentes. Disse que a convenção "não tem vencedores e vencidos". Afirmou que, agora, o partido deve estar "reunificado, para fazer do PMDB o maior partido do Brasil".

Repisando o que dissera em entrevista concedida na véspera ao blog, Temer informou que suará a camisa para abrir novas frentes de trabalho para o PMDB no primeiro escalão de um eventual segundo governo de Dilma: "Nós teremos, e já começamos a conversar com os partidos coligados, uma participação muito efetiva do PMDB. Não seremos apenas aliados. Seremos o próprio governo".

Prudente, Dilma só foi à convenção do aliado depois de anunciado o placar. Ao chegar, a presidente ouviu vaias. Que foram rapidamente abafadas por uma claque previamente organizada: "Olêêêê, Olêêêê, Oêêêê, Oláááá, Dilmaaaaa, Dilmaaaa…" Ao discursar, Dilma afirmou que, junto com o PMDB, fará o Brasil "andar para a frente". Agora vai!