‘Eu não fui eleita para tomar medida antipopular’
Reunida em Brasília, a convenção nacional do PDT decidiu manter o partido na canoa de Dilma Rousseff. Com isso, a presidente ganhou algo como um minuto de propaganda no rádio e na tevê. E o contribuinte foi condenado aturar por tempo indeterminado a submissão do Ministério do Trabalho aos interesses de uma legenda que, segundo a Polícia Federal, atenta contra as arcas públicas.
Ao discursar, Dilma atacou seus antagonistas. Disse que, ao defender programas sociais que antes atacavam, eles praticam um "oportunismo do mais deslavado nível". A presidente insinuou que só ela e seus aliados podem assegurar a felicidade eterna, porque não foi "eleita para tirar direito de trabalhador" nem para "tomar medida antipopular."
Dilma disse tudo isso num instante em que sua impopularidade atinge níveis preocupantes. Segundo o Datafolha, só 34% do eleitorado manifesta, hoje, a vontade de votar nela. Apenas 33% dos brasileiros consideram o seu governo ótimo ou bom. Notáveis 74% sonham com mudanças.
Presidente do PDT federal, Carlos Lupi, varrido da pasta do Trabalho em 2001, o ano da pseudofaxina, fez votos de êxito: "Temos absoluta confiança de que a sua vitória será a vitória do povo brasileiro." Acrescentou: "A educação é a nossa bandeira. É ela que liberta. que dá cidadania e faz o povo ficar de pé." Dilma ecoou Lupi: "Não fui eleita para colocar o país de joelhos."
De fato, a educação é libertadora. Porém, quando combinada com a liberdade de imprensa, pode tornar-se algo muito perigosa. Costuma conduzir as pessoas à conclusão de que a politicagem é o caminho mais longo entre um projeto de governo e sua realização.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.