Tucanos tentam obter ‘neutralidade’ de PP e PR
A seis dias do encerramento do prazo legal das convenções partidárias, o PSDB realiza uma espécie de arrastão no conglomerado governista. Tenta empurrar para fora do bloco pró Dilma Rousseff o PP e o PR. O tucanato já não tem esperanças de obter o apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves. Mas não desistiu de arrancar das duas legendas um compromisso de "neutralidade".
Prosperando a articulação, PP e PR não apoiariam nenhum candidato no plano federal. E o tempo de propaganda de ambos no rádio e na tevê —pouco mais de 2 minutos— seria rateado entre todos os presidenciáveis, em vez de ser integralmente cedido a Dilma. O problema é que os tucanos não jogam sozinhos.
O Planalto farejou o cheiro de queimado. E colocou em campo seus melhores zagueiros. Joga-se um jogo parecido com o futebol. Só que canelada conta ponto a favor. E o 'bicho' transita por baixo da mesa, podendo ser reajustado com a partida ainda em andamento. O governo avalia que dispõe de milhões de argumentos.
O PP realiza sua convenção nesta quarta. Seu presidente, o piauiense Ciro Nogueira, faz tabela com Dilma. Os principais trunfos de Aécio são os diretórios de Minas, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. A convenção do PR já ocorreu. Mas decidiu apenas delegar à Executiva a atribuição de escolher a cor do uniforme que irá vestir na disputa presidencial.
Além de segurar PP e PR, o Planalto move-se para reverter a trajetória da bola que o PTB lançou nas costas de Dilma no último sábado. Presidente da legenda, o ex-deputado Benito Gama anunciou em nota que o PTB e seus cerca de 40 segundos de propaganda migraram para Aécio. Em lances subterrâneos, o Planalto faz ver à bancada de congressistas do suposto ex-aliado que o gol contra pode resultar em prejuízos incalculáveis. Submetidos ao jogo bruto, deputados do PTB dobram os joelhos.
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