Topo

Josias de Souza

Apoio do PP a Dilma é ‘casamento na delegacia’

Josias de Souza

27/06/2014 16h12

O ministro Henrique Neves (foto), do TSE, indeferiu a liminar que pedia a suspensão do apoio do PP à reeleição de Dilma Rousseff. O governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, um dos signatários da ação, lamentou: "Estamos avaliando se cabe outra iniciativa judicial." E ironizou o modo como seu partido se coligou com Dilma: "É sempre bom lembrar que casamento na delegacia não costuma dar certo."

Partidário da candidatura presidencial de Aécio Neves, Alberto Coelho defendeu na convenção do PP, realizada há dois dias, que a legenda ficasse neutra na disputa federal. Além do diretório mineiro, apoiam o candidato tucano as seções do PP em outros quatro Estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina.

"A atitude do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, em não ouvir os convencionais, não permitir votação na convenção e tomar decisões a portas fechadas [em reunião da Executiva], evidencia que a presidente Dilma não tem o apoio real do PP", afirma o governador de Minas.

Seja como for, o que Dilma queria era o tempo de propaganda do PP no rádio e na tevê. Isso ela obteve. E o TSE manteve. No mais, pouco se lhe dá se o PP está ou não rachado.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.