Justiça intima Campos para depor na Lava Jato
Responsável pelo processo da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, mandou intimar o ex-governador pernambucano Eduardo Campos e o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra. Ambos foram arrolados como testemunhas de defesa de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso em Curitiba sob a acusação de desviar recursos da Refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco.
Antes de determinar as intimações, o juiz exigira dos advogados do ex-diretor da Petrobras que esclarecessem os motivos da inclusão de Campos e Bezerra no rol de testemunhas. Foi informado de que, no entendimento da defesa, a dupla pode ajudar a explicar por que a obra da refinaria ficou mais cara do que o previsto. Embora não estivesse convencido da utilidade dos depoimentos, o magistrado deferiu o pedido em respeito ao princípio da ampla defesa.
"Na perspectiva deste Juízo, a prova requerida não é necessária ao julgamento", anotou Sérgio Moro em seu despacho. "De todo modo, a bem da ampla defesa, defiro a prova para a oitiva de tais testemunhas." O juiz deixou claro, porém, que não cogita esperar indefinidamente pelos depoimentos.
Lembrou que não será trivial ouvir Campos e Bezerra, candidatos a presidente da República e a senador pelo PSB, respectivamente. "…Será muito difícil a oitiva de referidas testemunhas em período de campanha eleitoral, concorrendo ambos a cargos eletivos, o primeiro presidencial."
O juiz realçou, de resto, que não atribui tanta importância à oitiva da dupla. "Não se perquire aqui os motivos do superfaturamento da Refinaria Abreu e Lima, mas sim sobre a suposta lavagem de dinheiro no fluxo de numerário da Petrobras até os depósitos na empresa MO Consultoria", anotou Sérgio Moro, numa referência à empresa de propriedade do doleiro preso Alberto Youssef, outro acusado no processo da Lava Jato.
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