Relator propõe cassação do mandato de Vargas
Em sessão encerrada no início da madrugada desta quarta-feira (6), o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do processo contra André Vargas (ex-PT-PR), propôs ao Conselho de Ética da Câmara a cassação do mandato do colega. Concluiu que Vargas quebrou o decoro parlamentar ao se relacionar com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato.
Para evitar que o relatório de Delgado fosse votado, deputados petistas pediram vista do texto, algo previsto no regimento da Câmara. Com isso, o petismo pode ter empurrado a votação para setembro, quando os deputados interromperão novamente a campanha eleitoral para realizar outro "esforço concentrado" na Câmara.
Iniciada na tarde de terça, a sessão do Conselho de Ética teve de ser interrompida quando começaram as votações no plenário da Câmara. Só foi retomada à noite, arrastando-se até o início da madrugada. Mais cedo, antes mesmo da leitura do relatório de Júlio Delgado, Vargas dissera que vai recorrer contra as conclusões do relator em dois foros: a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e o STF.
O amigo de Youssef alega que teve o direito de defesa cerceado. Lorota. Chamado a se defender em quatro oportunidades —a última delas nesta terça—, Vargas preferiu silenciar. As testemunhas que ele arrolou não deram as caras no Conselho de Ética. O acusado tenta ganhar tempo para concluir o seu mandato, empurrando a encrenca com a barriga até o final da legislatura. Depois de passar pelo Conselho de Ética, o pedido de cassação terá de ser apreciado no plenário da Câmara.
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