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Josias de Souza

Youssef decide não negociar delação premiada

Josias de Souza

26/08/2014 02h33

O último privilégio dos presos ilustres da Operação Lava Jato é o de poder escolher seu próprio caminho para o inferno. O doleiro Alberto Youssef optou por uma trilha diferente da que foi escolhida pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Após reunir-se com Youssef, seu advogado, Antonio Figreiredo Basto, informou que ele preferiu descartar a hipótese de propor à Procuradoria um acordo de delação premiada.

Youssef "não tem nada a colaborar com a Justiça", disse o doutor. Prefere guerrear na Justiça. Nos próximos, protocolará novas petições na Justiça Federal. Numa sustentará, por exemplo, que os grampos telefônicos que fisgaram seu cliente são ilegais. Noutra, argumentará que o processo não poderia correr no Paraná, mas em Pernambuco, onde está asssentada a refinaria Abreu e Lima, sob suspeição. Com esse tipo de alegação a defesa de Youssef tentará anular o processo contra ele.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.