Dupla derrota pode fazer de Aécio fiasco do ano
A palavra ainda não foi usada, talvez por cautela, talvez por misericórdia. Mas as pesquisas já insinuam que a participação de Aécio Neves na temporada eleitoral de 2014 pode resultar num fiasco. Seria apenas uma derrota se Aécio ficasse de fora do segundo turno da disputa presidencial. Será um malogro ainda mais estridente se o grupo de Aécio perder para o PT o governo de Minas Gerais.
Se confirmado, o duplo infortúnio não será uma condenação. Em política, os fiascos são sempre embaraçosos. Mas não são necessariamente mortais. Inevitável, porém, constatar o obvio: Aécio corre o risco de sair de 2014 menor do que entrou. No plano federal, a derrota o devolveria a uma fila que deve ter Geraldo Alckmin no primeiro lugar em 2018. Um fiasco estadual intimaria Aécio a dedicar-se à província.
Na corrida pelo Planalto, Aécio desceu à crônica como vítima do fortuito. Encaminhava-se lentamente para um segundo turno contra Dilma quando a morte de Eduardo Campos deu vida à candidatura Marina Silva. O Ibope informa que Aécio cresceu quatro pontos, batendo em 19% das intenções de voto. Mas ele precisaria de mais tempo —ou de um milagre— para arrancar do ringue Dilma Rousseff (36%) ou Marina Silva (30%).
Na disputa estadual, Aécio errou sozinho, sem o auxílio do acaso. Escolheu como candidato ao governo mineiro Pimenta da Veiga, um piano difícil de carregar. Dispunha de alternativas mais leves. Hoje, informa o Ibope, Pimenta soma 23% das intenções de voto. O petista Fernando Pimentel, amealha expressivos 43%. Aécio talvez devesse considerar a hipótese de passar o resto da campanha falando 'uai' e comendo pão de queijo.
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