CPI: Oposição tentará convocar Gleisi e Vaccari
A CPI mista da Petrobras reúne-se nesta quarta-feira (22). Os partidos de oposição —PSDB, PPS, DEM e Solidariedade— tentarão aprovar durante a sessão requerimentos de convocação de dois petistas ilustres: a senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann e o conselheiro de Itaipu e tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Gleisi e Vaccari foram mencionados em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou em sua delação premiada que Gleisi recebeu R$ 1 milhão em verbas desviadas da estatal para sua campanha em 2010. Ela nega.
Quanto a Vaccari, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef disseram em ação penal pública que era ele o operador do PT no esquema que desviava 3% sobre o valor dos contratos celebrados pela Petrobras com grandes fornecedores e prestadores de serviços. Ele também nega.
O noticiário trouxe à luz também o nome do ex-presidente do PSDB federal, Sérgio Guerra. Ele foi acusado de receber propinas de R$ 10 milhões para ajudar a sepultar uma CPI petroleira de 2009. Para ventura da oposição, Guerra não pode ser convocado. Morreu há sete meses.
A oposição fará barulho. Mas é improvável que consiga aprovar os dois requerimentos —sobretudo numa sessão que acontecerá a quatro dias da eleição presidencial. Os operadores políticos do conglomerado governista se equipam para evitar constrangimentos à campanha de Dilma Rousseff. A forma mais simples é sonegando o quórum exigido para deliberação.
Antes de discutir o que fazer com os requerimentos, a CPI vai inquirir, a partir de 14h30, José Carlos Cosenza. Ele é diretor de Abastecimento da Petrobras. Assumiu o posto em 2012, depois da saída de Paulo Roberto Costa, hoje um corrupto confesso.
Deve-se a convocação de José Cosenza aos deputados Rubens Bueno (PPS-PA) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Os dois mencionaram em seus respectivos requerimentos reportagens que levantaram suspeitas em relação ao substituto de Paulo Roberto.
Numa, noticiou-se que o hoje delator teria mantido os negócios escusos na Petrobras com o auxílio do sucessor, que nega. Noutra, revelou-se o teor de mensagem trocada pelo deputado Luiz Argôlo (SD-BA) com Alberto Youssef. Nela, o parlamentar pede ao doleiro que marque um encontro com Cosenza.
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