‘Se fosse Chico Buarque, o PT estaria cantando’
No Congresso Nacional das últimas horas, como no Maracanã de Nelson Rodrigues, vaia-se até minuto de silêncio. Ou, por falta de presença de espírito, vaia-se até a ausência de corpo.
Com as galerias vazias, o deputado Mendonça Filho, líder do DEM, fez um "apelo" ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros. "Encontra-se aqui, no Congresso, o cantor Lobão…", disse Mendonça. Ouviram-se vaias.
"Por que essa vaia?", estranhou o líder do DEM. "Só por que o Lobão não é do PT? Respeitem alguém que pensa diferente. Se fosse o Chico Buarque, o PT estaria cantando. Como é o Lobão, fica todo mundo aperreado!"
Graças à sua notiriedade, Lobão teve mais sorte do que a centena de pessoas que teve o acesso ao prédio do Congresso barrado por ordem de Renan. "Ele disse que não se sentiria à vontade de acompanhar a votação [do projeto da manobra fiscal] sozinho. Iria se sentir privilegiado", prosseguiu Mendonça Filho.
Renan não disse palavra. E Mendonça: "Lobão considera um direito, como qualquer cidadão, acompanhar as sessões dessa Casa. Apelo a Vossa Excelência porque Lobão está querendo protocolar no STF um mandado de segurança coletivo, para assegurar a todos o acesso à Casa do povo. Peço que reavalie sua decisão". Renan fez ouvidos moucos. E as galerias permaneceram ermas.
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